Foto: Apartamento da Maia | Maia | Habitat Saudável
Quando se trata de planear ou renovar a casa, uma das dúvidas mais comuns é: é melhor ter cozinha e sala em open space, ou mantê-las separadas? A neuroarquitetura pode ajudar a decidir. Mas o que é a neuroarquitetura?
A neuroarquitetura estuda como os espaços em que vivemos influenciam o nosso cérebro, emoções e comportamento. Combina conhecimentos da arquitetura com as neurociências para criar ambientes que promovem bem-estar, concentração, criatividade ou relaxamento — consoante a função do espaço.
A neuroarquitetura não dita uma solução única, mas oferece critérios objetivos para decidir com base no bem-estar, nos estímulos sensoriais e no estilo de vida de quem habita o espaço. Vejamos, então, as vantagens e desvantagens de cada opção:

Foto: Quinta da Avó | Esposende | Habitat Saudável
Open space
Vantagens:
- Promove a conexão social, permitindo interações durante as refeições ou enquanto se cozinha.
- Aumenta a sensação de amplitude e luminosidade, sobretudo em casas pequenas.
- Estimula a dopamina através da abertura visual e da fluidez do espaço.
Cuidados:
- Pode provocar sobrecarga sensorial (cheiros, ruídos, desordem visível).
- Requer maior organização visual e funcional para manter a harmonia.

Foto: Apartamento da Granja | V.N.Gaia | Habitat Saudável
Espaços separados: quando são preferíveis?
Vantagens:
- Permitem maior controlo sensorial, isolando sons e odores.
- Criam fronteiras mentais claras entre funções da casa (comer, relaxar, cozinhar).
- São ideais para quem precisa de mais foco ou tranquilidade.
Cuidados:
- Podem limitar a entrada de luz natural e a interação social.

Foto: Casa de Castro | Amares | Habitat Saudável
A solução intermédia: open space com limites
A neuroarquitetura recomenda muitas vezes um open space com zonas bem definidas, que oferece o melhor dos dois mundos:
- Uso de tapetes, iluminação por zonas e mobiliário baixo para marcar as transições.
- Pavimentos distintos (ex.: madeira na sala, cerâmica na cozinha) para sinalizar mudança de função.
- Exaustores eficientes e materiais fonoabsorventes para minimizar os estímulos.
Conclusão
A escolha entre integrar ou separar cozinha e sala deve ser feita com base nas necessidades sensoriais, na rotina de vida e na forma como o espaço pode apoiar o bem-estar.
Com os princípios da neuroarquitetura, é possível criar uma casa que respeite o corpo, a mente e o dia a dia de quem a vive.