Acorda regularmente cansado/a e com a sensação de fadiga? Sabia que o problema pode estar no local onde tem a sua cama? Um quarto saudável é aquele que reúne critérios de biohabitabilidade que o ajudam a regenerar e reequilibrar o seu corpo e mente. Saiba tudo o que precisa sobre a cama que deve ter no seu quarto, para ter hábitos de sono regulares e saudáveis e acordar revitalizado todas as manhãs.
Por que devo ter atenção à localização da minha cama?
Dormir numa cama sob influência de uma qualquer fonte de contaminação geoambiental, seja ela de origem natural ou artificial, pode trazer consequências como: alterações de humor e irritabilidade; estados de ansiedade, desânimo e/ou depressão sem motivo aparente; despertar cansado e com dores de cabeça ou enxaquecas; dificuldade em dormir durante várias horas seguidas; acordar sistematicamente entre as 02h e as o4h da manhã; abortos ou dificuldades em engravidar. Também se pode traduzir em patologias mais graves, tais como fibromialgia, fadiga crónica, cancro e doenças neurodegenerativas.
As crianças também podem manifestar sinais de alerta, como acordar a meio da noite ou movimentar-se na sua cama ou berço, tentando escapar-se para uma das extremidades.
4 dicas para escolher a melhor cama e onde deve posicioná-la no quarto:
1 – Onde e como posicionar corretamente a minha cama?
Na hora de escolher o local onde colocar a cama deve ter em atenção dois fatores primordiais: as radiações artificiais – como a contaminação eletromagnética causada por uma panóplia de equipamentos elétricos ou eletrónicos que colocamos nas nossas casas e em específico no quarto – e as radiações naturais – provenientes do subsolo terrestres.
Relativamente às radiações artificiais deve afastar da cama toda e qualquer fonte de contaminação eletromagnética; o ideal mesmo é que o quarto seja unplugged, ou seja, completamente desconectado de gadgets e equipamentos eletrónicos tais como smartphones, telefones sem fios, radiodespertadores, desligando idealmente o wifi à noite.
Quanto às radiações naturais, uma vez que são difíceis de detetar, por serem invisíveis e inodoras, poderá descobrir a existência das mesmas alternando a posição da sua cama de três em três semanas, analisando posteriormente os sintomas.
Caso não queira ter dúvidas, o método mais fidedigno é realizar um estudo de saúde geoambiental com um profissional.
2 – Como escolher a cama?
Evite o uso de camas metálicas e opte por camas de madeira (uma vez que o metal atua como antena de captação de campos elétricos e eletromagnéticos) que distem do chão cerca de 30 cm, facilitando a limpeza e arejo. Evite também adquirir camas com sistemas de luz, som ou interruptores incorporados ou camas sem cabeceira. Opte por camas cuja cabeceira tenha uma dimensão suficiente para se encostar confortavelmente.
3 – Como escolher o colchão?
Ter uma boa postura enquanto dormimos é extremamente importante, pelo que a escolha de um bom colchão é essencial para a sua saúde. Evite colchões com molas e feitos de materiais como poliéster, viscoelástico ou a espuma de poliuretano, uma vez que colchões de origem sintética produzem calor excessivo, dificultam a correta transpiração do corpo e geram eletricidade estática. Escolha colchões fabricados com materiais naturais, tal como lã, fibra de coco, cânhamo ou látex natural. Não se esqueça de arejar diariamente a sua cama e de aspirar o colchão quinzenalmente.
4 – Como escolher as almofadas e os textêis?
Deve optar por materiais naturais, confortáveis, seguros e saudáveis. Atente à ergonomia e ao tipo de materiais que os compõem. São imensas as horas que o corpo, rosto e pele estão em contacto com o colchão, a almofada e sua respetiva roupa e demais objetos que as rodeiam. Esta proximidade faz com que inalemos os produtos tóxicos que possam, eventualmente, conter tais materiais, e que podem debilitar os processos biológicos do organismo humano.
Artigo originalmente escrito para o blog “Simply Flow” by Fátima Lopes em 2018 e editado posteriormente em 2024
